Ibon Garcia Rodrigues + Garazi Navas
24 jul 2024 – 19h
reservas: hot@hotelier.com.pt
Este será o segundo concerto inserido neste novo ciclo de música clássica, erudita, de câmara ou nada clássica.
“Nada clássica” é um trocadilho à volta da piscina, como nadar com música clássica. Título claramente inspirado
no programa da RTP de Martim Sousa Tavares “Tudo Menos Clássica”.
Neste segundo concerto convergirá um repertório histórico sobre o tão popular instrumento, acordeão, pela Garazi Navas, a que se junta a voz de Ibon Garcia Rodrigues com poemas de natureza e reflexo deformado da memória.
This will be the second concert included in this new cycle of classical, classical, chamber or non-classical music. “Nothing classical” is a poolside pun, like swimming to classical music. Clearly inspired title on Martim Sousa Tavares’ RTP program “Tudo Menos Clássica”.
In this second concert, a historical repertoire will converge on the popular instrument, accordion, by Garazi Navas, joined by the voice of Ibon Garcia Rodrigues with poems of nature and a deformed reflection of memory.
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Ibon Garcia Rodrigues oriundo da região de Margen Izquierda em Nervión, tem estado ativamente envolvido na cena musical indie e experimental local em Bizkaia como promotor de concertos (Kafea eta Galletak), produtor, arranjador (Mursego, Manett, Xabier Montoia , etc) e, mais importante, músico. Ao longo de quatro discos lançados com sua própria banda, Eten, bem como em seu projeto de improvisações vocais, Gargara, IbonRG vem tecendo um repertório que se destaca pela mensagem forte e pela entrega visceral e intimidadora. Utilizando uma linguagem própria e precisa, que por vezes beira a abstração, Ibon recita uma coleção de poemas ao mesmo tempo contidos e solenes e, acima de tudo, comoventes. Ibon faz uma incursão numa dimensão simbólica onde, como se a sua canção servisse para expor a farsa através da qual o tempo se torna racional, o poeta que há nele tenta decifrar os cálculos que usamos para medi-lo. Suas palavras apontam e destacam, e nós, leitores e ouvintes, percebemos na natureza um reflexo deformado da memória. Bernat Etxepare foi um homem do seu tempo, sem dúvida cristão, mas ao mesmo tempo conhecedor da poesia cortês transmitida pelos trovadores e, sobretudo, consciente e optimista quanto ao futuro da língua basca, que escreveu para ser impressa para o primeira vez em 1545. Uma forma de pensar muito moderna, a curiosidade espiritual e a sede de escrever caracterizam o estilo literário deste sacerdote de Eiheralarre, de quem os poucos detalhes autobiográficos que temos aparecem no poema «Mossen Bernat Echaparere cantuya». Agora, quase 500 anos depois, o IbonRG musicou todos e cada um dos poemas contidos no grande livro «Linguae Vasconum Primitiae» (quando os poemas não são interpretados na íntegra, a seleção das estrofes é feita pelo escritor Itxaro Borda). Um total de dezesseis peças, algumas cantadas a capella, outras ao piano. Alguns deles sozinhos; outros com diversas colaborações, entre eles Enrike Hurtado, Garazi Navas, Miguel A. García, Verde Prato, Maite Arroitajauregi ‘Mursego’, Matías Riquelme, Fernando Ulzión, SusanaRG, Ane Arana ou Paralux. Cada música exigia uma forma de gravação e um local, fosse Bilbo, Duzunaritze -lugar onde nasceu Etxepare-, ou a igreja de Eiheralarre, e todos esses sons gravados tomaram esta forma final graças ao meticuloso trabalho realizado para meses com Ibon Aguirre em seu estúdio Audiogela.
Ibon Garcia Rodrigues hailing from the Margen Izquierda region in Nervión, has been actively involved in the local indie and experimental music scene in Bizkaia as a concert promoter (Kafea eta Galletak), producer, arranger (Mursego, Manett, Xabier Montoia, etc) and, most importantly, musician. Throughout four albums released with his own band, Eten, as well as in his project on vocal improvisations, Gargara, IbonRG has been weaving a repertoire that stands out for its strong message and visceral and intimidating delivery.
By using an accurate language of his own that at times borders on abstraction, Ibon recites a collection of poems that is both restrained and solemn and, above all, moving. Ibon makes a foray into a symbolic dimension where, as if his song served the purpose of exposing the hoax through which time is made rational, the poet in him tries to decypher the calculations we use to measure it. His words point out and highlight, and us readers and listeners make out in nature a deformed reflection of memory.
Bernat Etxepare was a man of his time, undoubtedly a Christian, but at the same time a connoisseur of courtly poetry transmitted by troubadours and, above all, aware and optimistic about the future of the Basque language, which he wrote to be printed for the first time in 1545. A very modern way of thinking, spiritual curiosity and a thirst for writing all characterise the literary style of this priest from Eiheralarre of whom the few autobiographical details we have appear in the poem «Mossen Bernat Echaparere cantuya». Now, almost 500 years later, IbonRG has set to music each and every one of the poems contained in the great book «Linguae Vasconum Primitiae» (when the poems are not interpreted in their entirety, the selection of stanzas has been made by the writer Itxaro Borda). A total of sixteen pieces, some of them sung a capella, others on the piano. Some of them solo; others with various collaborations, among them Enrike Hurtado, Garazi Navas, Miguel A. García, Verde Prato, Maite Arroitajauregi ‘Mursego’, Matías Riquelme, Fernando Ulzión, SusanaRG, Ane Arana or Paralux. Each song demanded a way of recording and a location, whether it was Bilbo, Duzunaritze -the place where Etxepare was born-, or the church of Eiheralarre, and all those recorded sounds have taken this final shape thanks to the meticulous work carried out for months with Ibon Aguirre in his Audiogela studio.
https://www.ibonrg.net/
https://repetidor.org/en/artists/ibonrg/
Garazi Navas é uma acordeonista inquieta e recém-formada em Musikene que, apesar de sua pouca idade, participou de uma infinidade de projetos (até tocando com a Orquestra Sinfônica de Bilbao) e recebeu muitos prêmios. Neste projeto, combina várias obras de compositores contemporâneos com peças tradicionais de diversas origens para fornecer uma interpretação pessoal da estreita relação que considera existir entre música de vanguarda e tradicional. O projeto também mostra as duas facetas do acordeão, que raramente são vistas ao mesmo tempo.
Garazi Navas is a restless accordionist and recent Musikene graduate who, despite her young age, has taken part in a multitude of projects (even playing with the Bilbao Symphony Orchestra) and received many awards. In this project, she combines various works by contemporary composers with traditional pieces of diverse origins to provide a personal interpretation of the close relationship which she feels exists between cutting-edge and traditional music. The project also showcases both facets of the accordion, which are rarely seen at the same time.
https://www.eitb.eus/es/television/programas/eitb-kultura/videos/detalle/9103471/video-la-musica-de-garazi-navas
https://hegoadiskak.bandcamp.com/album/sainen-hildo
Contribuição para os músicos – 5 a 10 euros.
Jantar (vegetariano) – 7 euros.
Lotação limitada. Reserva aconselhada.
Contribution for the musician – 5 at 10€
Dinner (vegetarian) – 7 euros.
Limited seating. Reservation advised.